Se há um ano atrás a menina o visse com os mesmo olhos que o vê hoje, ela lhe teria amado desde de o primeiro beijo. Se ela, a menina de olhos cegos, tivesse visto mais do que a própria escuridão, ela o teria dado mais paixão. Ela sempre soube que por ele era amada, não desperdiçou, foi ver no que dava tantos ditos de amor, e não se arrependeu, hoje ela o ama, sempre mais, muito mais, infinito como o universo é o seu amor. Os olhos de seu amado são duas esferas redondas de cílios fartos, onde de dentro se derrama uma luz cálida, que as vezes tremula mais nunca encharca. O amado desta menina tem um jeito peculiar, beija os próprios braços e boceja sem parar. Ele está casando, sempre cansado, e ela a reclamar. Ela pedi que ele durma, e ele nunca responde é pra já. Ele sempre precisando dormir, ela precisando sonhar. Ela gosta de chocolate e ele de coca-cola, ela o belisca e ele diz que adora. E das rosas que ganhou, a menina guarda olhar e o beijo do amado as lhe entregar. INGRID CA