Tic-Tac
Tic-tac, bate o relógio. Tic-tac sem demora. Tic-tac passa a vida, tic-tac outra hora. As respostas desenhadas, pensadas e constantes, como os ponteiros do relógio como as passadas de um gigante, e o relógio anda, anda ainda pra mais distante, onde as almas não calam só jorram incessantes. Tuas respostas eram tão indiretamente diretas que pararam o relógio, e por um momento me esqueci do tempo, das horas, dos minutos , dos segundos, e de tudo que não cabe nestes versos. Dos estudos poéticos de tua língua árdua me ative a história prosaica e tutora do tempo, da melancolia do passado, e que outrora forá a gloria, a paixão o desejo, a razão e o sentimento tudo o que aflora dentro do teu peito . Porém tua língua não queria história, queria biologia, e das asas de um anjo irrompeu a anatomia. Um convite daqueles difícil de se recusar. É aquele tipo de insinuação que te arrepia a pele e te faz desejar. Um desejo fogo de palha que se incendeia e se apagar com o soprar do vento, que num da