SOLUÇO

Era noite, o sino da igreja já não batia. 
Acordei sobressaltada com um soluço que me invadia. Afoguei minha garganta em água para acabar com aquela agonia, mais não parava nem pausava, eu apenas gemia.
Olhei pela vidraça da janela e um olhar firme me seguia, seu olho era amarelo,ele simplesmente reluzia. Suas penas extremamente brancas, coisa rara e macia. 
Solucei alto, a coruja piou, moveu a cabeça e me olhou. Eu lhe encarei de volta o que ela queria, eu não era o Harry Potter muito menos sabia magia.
Suas assas se abriram longas e luxuosas, ela se atiro contra o parapeito da janela, respirei fundo, ela arranhava o vidro, um barulho brutal que esmagavam meu ouvido, era gutural. Não sabia explicar seu comportamento anormal, foi quando vi do meu lado do vidro um outro animal, entre soluços gritei era um rato afinal.
A coruja se debatia mais não encontrava o sucesso fatal. Ela então piou baixinho e voltou a sua posição inicial.
Já não soluçava mais o susto o levou embora.
Eu versos o rato não existia fui embora, o sofá não era macio mais me servia por hora. Quando raiou o dia olhei  pela janela e vi um rato perto de uma coruja morta em meu jardim.  Ele lambia as patas, a coisa mais horrível que já vi.
Meu pai entrou e falou : Acredita! Atropelei uma coruja no jardim!
Eu respondi entre um soluço: Acredito sim!

INGRID CARVALHO

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