MORTE

Posso morrer?! Morrerei agora se você me pedir! Morrerei antes mesmo de você perceber! Morrerei antes mesmo da morte vir me buscar, morrei até mesmo se você não deixar!
Já tive medo da morte hoje não tenho mais, enquanto chove construo meu caixão de azevinho e pinho.Tão macio e quente é meu caixão, sinto seu pulsar o que me põe atenta a observar. Concluo portanto que a morte me causa um prazeroso arrepio.
Posso morrer?! Morrerei agora se você me pedir! já disse e repito morro se você pedir, me peça, estou implorando pra que peça em alto e bom som ou sussurre em meu ouvido para que eu morra de súbito, de arrebato, de imediato, no ato, e eu morrerei, morrerei de amor.
Porém raciocinei, pensei e perguntei: -Se morre de amor?!!
E Gonçalves Dias me respondeu:- Não, não se morre.
Então conclui o amor é uma mentira uma ilusão banal e vazia que nos engana dia após dia. 
E deixei de ler o resto do poema pois a resposta ele já havia me dado, porém algo lá no fundo me dizia que ele não a havia completado, mais deixei isso pra outro dia, um dia menos chuvoso e nublado onde eu possa ler o poema e achar um significado.

Ingrid Carvalho

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