Anônimo

Desconheço, não sinto, ignoro, não sei...
Por que fala, por que escreve, por que diz, por que omite e insiste, me diz! 
Quero saber, anseio saber, desejo saber, me  ofende não saber..., por que não sei....apenas não sei!
Descaradamente desnuda meus textos, os entra no âmago e traduz minhas entrelinhas. Como te atreve entre teus devaneios loucos tirar-lhes a venda e os pôr em agonia, a chorar aos soluços perguntando quem lhes roubou o segredo, a intimidade, o sacro, as inverdades, a falta de vergonha, a ironia e por fim toda a gentileza a certeza, a coragem, a leviandade e sagacidade. Misturadas com uma pouco de amor e  com uma pitada de pecado. Pecado não maior que o teu que te escondes no anonimato.
Teu atrevimento, diverte, me tira um sorriso cínico do rosto, aquele sorriso fagueiro a espera de ler- te de novo.
Então escrevo, e ainda escrevo, sobre quem não sei quem é, tentando adivinhar seus gostos, sua vontades, então me perco e descubro que o só sei que nada sei realmente é fato, e a falta de tato, me tirou o retrato de um rosto desconhecido e falho. Agora desnorteada, dizendo tudo e ao mesmo tempo nada, vou em busca, do que não há, do que não toco, do que não sinto, vou em busca de tudo, do laço, da chama, da lama, do verso, do poema,  do traço, um simples traço de significado.

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